Dermatite Atópica
Coceira, desconforto, lesões na pele, comprometimento do sono e do bem-estar, se você ou seus filhos apresentam esses sintomas, pode ser sinal de Dermatite Atópica. A doença é a alergia de pele mais comum da infância, pode atingir até 20% das crianças e 3% dos adultos, mas tem um prognóstico bastante favorável na maioria dos casos: 60% das crianças melhoram até a puberdade e 90% após essa fase.
Se os pais são alérgicos, a chance dos filhos serem alérgicos é maior do que da população geral, além disso, esses pacientes, geralmente, também apresentam outras alergias, como rinite e asma. Hoje, se sabe que características genéticas e da composição da pele estão envolvidas na gênese da doença.
Nos bebês, as lesões se apresentam na face e nas superfícies externas dos braços e pernas. Já em crianças mais velhas e adultos, essas lesões aparecem principalmente nas dobras do corpo, como as dos joelhos, braços e pescoço. Em casos mais graves, as lesões podem acometer grande parte da superfície do corpo.
Quando as lesões são de nível moderado ou grave, podem causar grande impacto na vida familiar, social, escolar e no trabalho. Muitas pessoas acabam apresentando sinais de ansiedade e depressão. E a tristeza, nervosismo e ansiedade podem ser também gatilhos para piora da doença.
Pacientes com alergia à poeira, mofo e pelos de animais são mais propensos a desenvolvê-la. A alergia alimentar está menos associada ao quadro do que se imagina: 30% dos pacientes com dermatite atópica grave podem apresentar piora dos sintomas com a ingestão de alimentos, e os mais envolvidos, geralmente, são leite de vaca e ovo. Calor, suor, mudança climática, além de clima frequentemente seco e quente como o nosso, são importantes fatores de piora.
O diagnóstico da doença é clínico, e pode ser indicada a realização de testes alérgicos para identificação de possíveis fatores desencadeantes.
O cuidado com a dermatite atópica deve ser contínuo. Se existirem fatores desencadeantes, eles devem ser afastados. Além disso, a adequada hidratação da pele é a base do controle dos sintomas. É importante: que os banhos sejam rápidos, não sejam quentes, com o uso de pouco sabonete, e sem buchas; logo após o banho, com o corpo ainda úmido, deve-se aplicar generosamente o hidratante.
O tratamento e condução adequada da doença são essenciais para garantir qualidade de vida.
Imunodeficiências Primárias
As imunodeficiências primárias (IDPs) ocorrem em pessoas nascidas com o sistema imunológico deficiente em algum setor, e manifestam-se por meio de infecções comuns como otites, pneumonia, sinusites, entre outras. São mais de 300 doenças diferentes e, por isso, a prevalência varia muito.
“As mais comuns são aquelas nas quais há defeitos na produção de anticorpos. Assim, o fundamental para o tratamento dessas doenças é garantir aos pacientes o acesso à reposição de imunoglobulina por via venosa ou subcutânea regularmente”, explica o coordenador do Departamento Científico de Imunodeficiências da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), Dr. Antonio Condino. Atualmente, cerca de 70% a 90% dos pacientes ainda não estão diagnosticados.
Suspeita-se do diagnóstico das IDPs sempre que há processos infecciosos graves ou difíceis de tratar e/ou muito frequentes e/ou por agentes infecciosos não comuns. Febre, sinais de inflamação sem infecções ou doenças autoimunes em crianças pequenas também são sinais de alerta.
O tratamento das IDPs envolve diferentes recursos terapêuticos, entre eles, a reposição de imunoglobulina humana e outros imunobiológicos, o uso de antibióticos preventivos e o transplante de células hematopoiéticas (medula óssea ou cordão umbilical).
Os 10 Sinais de Alerta para Imunodeficiências Primárias em Adultos
• Duas ou mais novas otites por ano.
• Duas ou mais novas sinusites no período de um ano, na ausência de alergia.
• Uma pneumonia por ano.
• Diarreia crônica com perda de peso.
• Infecções virais de repetição (resfriados, herpes, verrugas).
• Uso de antibiótico intravenoso de repetição para tratar infecção.
• Abcessos profundos de repetição na pele ou órgãos internos.
• Monilíase persistente ou infecção fúngica na pele ou em qualquer lugar.
• Infecção por micobactéria da tuberculose ou atípica.
• História familiar positiva de imunodeficiência.
Os 10 Sinais de Alerta para Imunodeficiências Primárias em Crianças
• Duas ou mais pneumonias no ano.
• Quatro ou mais otites no último ano.
• Estomatites de repetição ou monilíase por mais de dois meses.
• Abcessos de repetição ou ectima.
• Um episódio de infecção sistêmica grave (meningite, osteoartrite, septicemia).
• Infecções intestinais de repetição/diarreia crônica.
• Asma grave, doença do colágeno ou doença autoimune.
• Efeito adverso ao BCG e/ou infecção por micobactéria.
• Fenótipo clínico sugestivo de síndrome associada à imunodeficiência.
• História familiar positiva de imunodeficiência.
A criança que frequenta creche e fica muito resfriada tem baixa de imunidade?
Não. O sistema imunológico de crianças pequenas é imaturo e, por isso, elas são mais suscetíveis a infecções.
Pessoas com alergia respiratória (asma e rinite) têm mais infecções?
Pessoas com rinite e asma costumam apresentar mais infecções respiratórias como otites, sinusites e pneumonias, principalmente se não estiverem sendo tratadas corretamente.
Em geral, estes pacientes não apresentam problemas sérios de imunidade.
Pessoas com dermatite atópica têm mais infecções?
Sim. Podem ter infecções de pele por bactérias ou por vírus (molusco contagioso e herpes).
O uso de antibióticos baixa a imunidade?
Não. O uso frequente de antibióticos pode modificar a flora, ou seja, a população de germes que normalmente habitam em nosso tubo digestivo, no trato respiratório ou na pele, provocando o desenvolvimento de condições como a diarreia, por exemplo. Mas não compromete o funcionamento de nosso sistema imunológico.
As imunodeficiências primárias não são doenças frequentes, mas é muito importante que seja feito o diagnóstico precoce. Quanto mais cedo a imunodeficiência é diagnosticada, menores serão as consequências da doença e melhor será a qualidade de vida do paciente.
Fonte: Departamento IDP / ASBAI
Atender com excelência, carinho e respeito o paciente e seus familiares, levando em consideração a integralidade do indivíduo.
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