A alergia ocular é uma forma de resposta do nosso sistema imunológico frente ao “ataque” de um agente alérgeno, na região dos olhos. Apesar de muito comum, sem os cuidados específicos, a alergia que atinge os olhos pode oferecer certos riscos. Desse modo, faz-se necessária uma atenção especial quando os olhos começam a manifestar sintomas alérgicos. É o que explicamos no artigo de hoje. Tenha uma boa leitura!
Causas e sintomas da alergia ocular
Os mesmos agentes alérgenos que causam os sintomas tão incômodos e conhecidos como espirros e coriza também podem causar alergias oculares, comumente chamadas de conjuntivites alérgicas. Apesar de comuns, as alergias oculares apresentam sintomas desconfortáveis, como:
- coceira nos olhos;
- vermelhidão;
- ardência;
- lacrimejamento;
- inchaço das pálpebras.
Dentre esses sintomas, o mais intenso é a coceira. Em casos graves, essas alergias também podem causar alterações na visão, comprometendo a realização de atividades diárias.
Além disso, cosméticos (como rímel, lápis, sombra, etc), colírios ou lentes podem causar reações também. Portanto, é importante identificar a causa da alergia e também a duração dos sintomas e comunicá-la ao alergista, que poderá orientar como aliviar os sintomas. Igualmente, outra necessidade é diferenciar a conjuntivite alérgica da conjuntivite infecciosa. A causa dessa última pode ser tanto vírus quanto bactérias e, ao contrário da alérgica, os sintomas mais intensos são a sensação de dor e “areia nos olhos”, além da secreção.
Tipos de alergias oculares
As conjuntivites consistem no tipo de alergia ocular mais comum e essa manifestação também é dividida em categorias, de acordo com suas características. Segue abaixo:
- Conjuntivite alérgica sazonal: seus sintomas são intermitentes e mais prevalentes na primavera e outono.
- Conjuntivite alérgica perene: sintomas são persistentes e surgem relacionados com a exposição a alérgenos como ácaros, mofo, pêlos de animais ou múltiplas sensibilizações.
- Ceratoconjuntivite vernal: rara, persistente e grave, é tipicamente sazonal e predominante em crianças e adolescentes do sexo masculino. Aproximadamente 50% dos doentes não apresenta sensibilização alérgica.
- Conjuntivite papilar gigante: caracterizada pelo surgimento de papilas gigantes – estruturas características de inflamação. Sua causa mais comum é a utilização de lentes de contato, sendo necessária a suspensão de seu uso por um tempo. Nesses casos, existe risco de lesão na córnea.
O correto diagnóstico da conjuntivite alérgica é clínico. Em outras palavras, o especialista avalia os sintomas e realiza o exame físico para identificá-lo. Lembrando que é extremamente necessário identificar o alérgeno que está causando a alergia ocular por testes de alergia, por exemplo.
Além de evitar as substâncias alérgenas, é importante também, durante os sintomas de alergia, evitar cosméticos de uso muito próximo da região afetada (como rímel, por exemplo), pois, mesmo que eles não sejam a causa da alergia, podem piorar os sintomas.
Além disso, deve-se:
- retirar lentes de contato e higienizá-las corretamente;
- usar colírios somente com prescrição médica;
- utilizar compressas frias sobre as pálpebras para diminuir a inflamação;
- lavar bem a região para retirar alérgenos e secreções.
Em casos mais graves, ou caso os sintomas persistam, deve-se recorrer ao alergista para o tratamento com medicamentos ou imunoterapia.