É possível ter alergia ao sol?

Nessa época do ano é comum que as pessoas fiquem mais expostas ao sol, porém é preciso ter muito cuidado com as reações alérgicas. Poucas pessoas sabem, mas é possível ser alérgico ao sol.

As sensibilidades ao sol podem se apresentar de diversas maneiras como : urticária solar, dermatite de contato por fotoexposição, fotodermatoses.

A urticária solar é uma forma rara de urticária, trata-se de uma reação alérgica que se manifesta como placas, vergões vermelhos acompanhados de coceira, que surgem após a exposição ao sol. Os locais comumente afetados são os que ficam mais expostos aos sol, são eles: as mãos, braços, área do decote e rosto. Em casos mais raros, a reação alérgica pode ocorrer mesmo na pele coberta pela roupa e o paciente manifestar outros sintomas associados como nauseas, tonturas e sintomas respiratórios.

Existem várias substâncias químicas que se ingeridas ou aplicadas na pele podem causar reações induzidas pelo sol. Essas reações podem ser fototóxicas, como aquelas que acontecem após contato com algumas plantas e limão por exemplo na pele e exposição posterior ao sol ou fotoalérgicas com vermelhidão na pele, escamação, coceira e, às vezes, bolhas após o uso de substâncias químicas como protetores solares e medicamentos como sulfonamidas, aparecendo dentro de 24 a 72 horas após a exposição ao sol.

Como identificar se tenho alergia ao sol?

A avaliação de um médico é necessària para identificar a sensibilidade. Uma criteriosa avaliação do histórico médico da pessoa, dos sintomas cutâneos, de doenças prévias, dos medicamentos usados por via oral ou de substâncias aplicadas sobre a pele, pode ajudar a estabelecer a causa da reação de fotossensibilidade. Os médicos podem realizar exames para excluir doenças conhecidas por tornar determinadas pessoas propensas a essas reações (como o lúpus eritematoso sistêmico).

Às vezes fototestes (adesivo cutâneo e teste de reprodução da reação) podem ser utilizados na investigação.

Tratamento

No inicio do tratamento, o foco é evitar a exposição prolongada ao sol com o uso de protetor solar e utilizando roupas que cubram grande parte do corpo, assim impedindo que os raios solares entrem em contato com a pele.

Medicamentos anti-histamínicos ou corticoides podem ser indicados pelo profissional encarregado do seu quadro.

Para fotossensibilidade, interromper medicamentos ou produtos químicos que estejam relacionados a sensibilização, também a depender da orientação médica.

Para urticária solar ou erupção polimorfa à luz, outros tratamentos específicos, podem ser orientados.

Mas Doutor(a), o que devo fazer para evitar reações alérgicas ao sol?

Se você possuí alergia ao sol e deseja prevenir que as crises apareçam e estraguem as suas férias, saiba que seguindo algumas dicas é possível proteger sua pele e aproveitar seu verão ao máximo sem nenhum desconforto.

As dicas são:

  • Evite a exposição solar prolongada, procurando sempre frequentar lugares com bastante sombra;
  • Não fique ao sol durante as horas de maior calor, que correspondem às horas entre as 10h e as 16h, já que nesse intervalo de tempo os raios solares são mais intensos;
  • Sempre que for sair de casa, aplique um protetor solar com fator de proteção mínimo de 30;
  • Aplique um protetor labial com fator de proteção 30 ou superior;
  • Use roupas capazes de proteger sua pele contra os raios solares. Camisas com manga longa e calças são as melhores opções. Durante estações mais quentes, essas peças devem ser feitas de um tecido leve e com cores mais claras;
  • Não esqueça de usar chapéus, bonés e óculos de sol para proteger a cabeça e os olhos dos raios solares.

E aí, identificou algum dos sintomas da alergia ao sol? Que tal fazer uma visitinha a um alergista e fazer o diagnóstico?

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