Imunobiológicos para urticária crônica e asma grave

Médico com uma seringa na mão

Viver com os sintomas da urticária crônica ou dos quadros de asma grave não é fácil. Principalmente porque são condições que afetam a qualidade de vida do paciente, criando empecilhos para a prática de determinadas atividades, como esportes, por exemplo. Para propiciar a essas pessoas a oportunidade de terem vidas com menos restrições, há opção de tratar essas doenças por meio de três imunobiológicos.

Para o tratamento da asma, são indicados os imunobiológicos Benralizumabe e Mepolizumabe, em casos nos quais o tratamento da doença por meio da terapia padrão, com o uso de um ou mais medicamentos em altas doses, não surtiu efeito, ou quando, mesmo com o tratamento, o paciente ainda precisa usar corticosteroides orais com frequência ou sofre com sintomas intensos da asma.

Já o Omalizumabe, terceiro imunizante que compõe o grupo, pode ser usado no tratamento da urticária crônica espontânea (UCE), que é quando surgem placas vermelhas pelo corpo e que causam uma intensa coceira. É uma doença autoimune e seus sintomas duram mais de seis semanas.

No caso desse terceiro imunobiológico, sua utilização é recomendada para pacientes que já tentaram fazer o tratamento da condição com doses altas de anti-histamínicos, isto é, uma dose até quatro vezes superior a padrão; e pessoas que não conseguem realizar suas atividades diárias, profissionais e de lazer, por conta dos sintomas da UCE.

Medicamentos inclusos nos convênios da ANS

Esses imunizantes foram aprovados pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) em 2021, quando foram inclusos no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde e passaram a ser cobertos pelos planos de saúde regulados pela ANS. A decisão foi determinada pela diretoria colegiada da ANS.

De acordo com a Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia), antes da inclusão desses medicamentos nos convênios, esses imunobiológicos já eram muito utilizados em instituições de saúde internacionais, já que possuem alta eficácia e segurança, mas o uso deles no Brasil era dificultado devido ao alto custo.

Com essa mudança, por volta de 47 milhões de brasileiros, que são atendidos pelos convênios regulados pela ANS, terão a oportunidade de usar algum desses imunobiológicos para o tratamento da asma grave ou da urticária crônica espontânea.

De acordo com a associação, no Brasil há cerca de 20 milhões de pessoas diagnosticadas com asma, sendo que 5% possuem a forma grave da doença. Segundo estudos, os imunobiológicos podem proporcionar uma redução de 40 a 70% das internações das pessoas que pertencem a esse grupo.

Além disso, essas medicações auxiliam na recuperação da qualidade de vida e do lazer do paciente, evitando doenças psicológicas que podem ser causadas pelo afastamento social.

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